Três camadas de proteção – DNS, Proxy web, Segurança de e-mail – explicadas brevemente
Já não basta confiar apenas em antivírus ou num firewall forte. Os ataques começam frequentemente por e-mail, seguem por links para a web e utilizam o DNS como “sistema de navegação”. Quem quiser travar de forma fiável o phishing e o malware precisa de proteção em três níveis – a implementação é mais simples do que parece.
Quais são os três blocos?
Imagina o percurso de um ataque como uma pequena viagem: A segurança do e-mail é o posto de correio antes da caixa de entrada, travando o phishing antes da entrega – com SPF/DKIM/DMARC, reescrita de links com verificação no momento do clique, sandbox de anexos e proteção contra fraude de CEO/impersonação. Se alguém ainda assim clicar num link, a segurança DNS intervém como controlo de sinalização: detecta domínios novos ou suspeitos (por ex., NRDs recentemente registados ou homógrafos) e bloqueia-os antes que qualquer ligação seja estabelecida. Se o pedido passar, o proxy web/secure web gateway verifica imediatamente no clique a página de destino e os downloads, bloqueia categorias ou TLDs de risco e envia o desconhecido para a sandbox ou abre-o de forma isolada. Assim cria-se uma cadeia de três pontos de proteção – exatamente onde os ataques normalmente passam.
Como funciona na prática
O importante é a interação: E-mail → DNS → Web Proxy. Cada uma destas etapas pode parar um ataque – quanto mais cedo, melhor. Na prática, ajudam padrões simples: no DNS, os domínios recém-registados ou observados pela primeira vez devem ser sistematicamente bloqueados durante um curto período (ex.: 0–14 dias bloqueio rígido, 15–30 dias com verificação). Também vale a pena detetar IDN/homógrafos e manter registo contínuo. O proxy web aplica filtros de categoria claros, verifica links no momento do clique, controla tipos de ficheiros e coloca desconhecidos em sandbox. Na segurança de e-mail, DMARC com p=reject mostrou-se eficaz; os links são reescritos, os anexos testados previamente na sandbox e remetentes externos claramente assinalados.
Para manter a operação ágil, existe um processo de exceção simplificado: ticket curto, aprovação temporária com data de expiração, seguido de monitorização no dashboard. A transparência é garantida por registos e alertas centrais (SIEM/XDR), bem como por alguns KPIs significativos – como NRDs bloqueados, acertos em sandbox ou phishing “clicável”. O rollout em PME é rápido: primeiro ativar a política de DNS, depois ligar o proxy web, reforçar a segurança de e-mail, comunicar o processo de exceção e por fim disponibilizar dashboards/alertas. O ideal é começar com bloqueio DNS, depois acrescentar proxy web e segurança de e-mail e em 15 minutos mostrar página de aviso, verificação de links, aprovações e registos – o resto funciona de forma intuitiva no dia a dia.
Conclusão
As cadeias de phishing quebram quando verificadas cedo: Segurança de E-mail + Web Proxy + Filtro DNS reduzem significativamente os danos de cliques – especialmente em PME. Proteção em camadas em vez de reparação posterior.